Para quem não sabe sou estudante de Comunicação Social, com habilidade em Jornalismo, a algumas semanas minha sala fez uma prova de Teoria da Comunicação que mexeu com os ânimos da maioria da turma. A maior parte da sala foi mal nessa prova, isso afetou o temperamento dos alunos principalmente pelo peso da prova na nota, ela era a primeira de três notas que compõe a nota final da matéria, e em meio a toda frustração e certa revolta com as questões que não foram bem compreendidas pela turma meu professor falou algo que chamou muito a minha atenção, "a turma não estava preparada para lidar com frustração" e realmente não estávamos preparados para obter uma nota ruim.
A cobrança pelo êxito é tão grande, estamos sempre nos preparando para sermos um vencedor, mas esquecemos que alguém sempre perde, e pode ser eu, você, qualquer um, nenhuma trajetória é apenas de sucesso, e temos de aprender a lidar com os dois lados disso. Somos ensinados apenas a ser os vencedores mas nunca os perdedores.
E por que estou contando isso? Segundo a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), metade dos alunos universitários já tiveram alguma crise emocional e cerca de 15% dos universitários em 2011 apresentavam depressão.
Segundo psicólogos, o excesso de cobranças pressiona o estudante que o deixa confuso e desmotivado, com dificuldade de concentração causando um baixo desempenho acadêmico e reprovações que resultam no trancamento de disciplinas e até a evasão do curso. É uma verdadeira bola de neve emocional, o estudante precisa ter boas notas, trabalhar ou conseguir um estágio, essa pressão do circulo social para ser "bem sucedido" acaba causando o desequilíbrio acadêmico.
Passei a adotar uma frase na minha vida, comparação é o ladrão da felicidade, embora eu tenha dito que sempre existe um lado dos vencedores e outro dos perdedores não estou dizendo que você deve se comparar com o colega universitário para definir quem é o vencedor. Eu quero e acho que você deve adotar uma postura diferente, entender que por mais que a gente viva num ambiente com cobranças externas, seja familiar, do meio social ou do trabalho, não podemos ceder a essas pressões e nos tornarmos extremamente autocríticos por conta de uma nota ou reprovação.
Precisamos aprender que cada um tem seu tempo e momento, ninguém sabe da batalha diária do outro, as vezes aquelas pessoas que te cobram não aguentariam a carga que você carrega todos os dias, por isso é necessário assumir uma postura mais branda diante das dificuldades.
Graduado em Economia, Relações Internacionais e Letras, pela Universidade da Pensilvânia, Raiam Santos, classifica a superficialidade e a intensa pressão psicológica da Universidade como um dos maiores desafios, não somente para a carreira, mas também para a vida, literalmente falando. Raiam trabalhou duro para conseguir realizar os sonhos antes dos 21 anos trajetória que ele conta no livro Wall Street – A Saga de Um Brasileiro em Nova York . Naquela época, tinha certeza que para ser feliz o que importava era ser ambicioso, ter dinheiro e fazer networking. #sóquenão
A intensa dedicação aos estudos e a vontade de sempre ser o primeiro acabavam em exaustão para todos os alunos. Raiam percebeu que ele não era o único atingido pelas pressões na universidade, trabalho e relação pessoal. No livro, ele conta como qualquer jovem pode atingir estes mesmos objetivos, porém demonstra um lado que poucos conhecem: a vida ficou cada vez mais triste, vazia e sem sentido. A relação com o trabalho e com a vida pessoal começou a se transformar em desilusões, principalmente quando percebeu que tanta dedicação não tinha mais relevância.
Ficha Técnica:
Categoria: Biografia/Negócios
ISBN: 978-85- 8246-468- 7
Formato: 16X23 cm
Páginas: 192
Edição: 1°
Amazon: Wall Street – A Saga de Um Brasileiro em Nova York