Yara Prado Miguel tem 22 anos, trabalha como inspetora de alunos e em sua editora de livros. Já teve um blog literário e também foi uma das responsáveis por um clube do livro.
Tentou cursar Letras, mas quando a universidade não fechou turma acabou tendo de optar por pedagogia. Frustrada com o curso passou a escrever durante as aulas, depois de um ano desistiu do curso e revolveu se desafiar a terminar um livro no projeto Nanowrimo.
Tentou cursar Letras, mas quando a universidade não fechou turma acabou tendo de optar por pedagogia. Frustrada com o curso passou a escrever durante as aulas, depois de um ano desistiu do curso e revolveu se desafiar a terminar um livro no projeto Nanowrimo.
O Nanowrimo é um desafio para escrever um livro de 50 mil palavras no período de um mês. Acontece todos os anos em novembro, mas alguns participantes também se desafiam em outras épocas do ano, ou participam do camp nanowrimo que é uma espécie de acampamento virtual onde em abril e julho as pessoas se preparam, se inspiram e se programam para produzir o livro em novembro.
Foi assim que surgiu O Ano Em Que Tudo Mudou, primeiro livro da autora que conta a história de Lavínia, após terminar o ensino médio ela está em dúvida do que fazer da vida, não o bastante em um ano ela precisa lidar com perdas, mudanças, dores e recomeços. Ela apresenta essa fase de transição da adolescência para vida adulta.
O segundo livro da autora foca numa emoção mais maternal. O Sorriso Mais Doce: Às Vezes, A Vida É Cheia De Impossíveis, conta a história de Melissa, que é professora e Andrey que com cinco anos está sempre metido em alguma confusão na escola.
Trecho de uma avaliação do livro feita na Amazon:
Não sei como descrever a quantidade de emoções que tomou conta de mim enquanto lia esse livro, a cada página virada era uma emoção diferente.
Segundo a autora o retorno dos leitores é o que a motivou a continuar a escrever sobre temas relevantes, que não fosse pautado no romance romântico, mas na evolução dos personagens em histórias cotidianas.
Sonho De Um Dia, um conto, é o terceiro livro da autora, onde narra a aventura de Karen para realizar o sonho de ir a um festival e ver suas bandas preferidas.
Criando personagens fortes, Yara trás um crescimento em torno da trama empoderador, mas sem causar tanto shock. Ela equilibra uma realidade difícil mas de modo delicado para não abalar o leitor. Sobre ter escolhido falar a respeito dos relacionamentos abusivos em seu último livro, ela cita:
Minha intenção era que se a pessoa lê-se, ela pudesse pensar “nossa, eu to passando por isso, esta acontecendo comigo, realmente meu namorado está me seguindo”. É mais um alerta, eu não queria revolucionar o mundo.
Em Impensável: Muitas Vidas, Uma Só História, conhecemos Marcela, induzida a acreditar no felizes para sempre ela contornou todos os impulsos de Breno enquanto iniciava um relacionamento com ele. Breno estava se formando em medicina, tinha sempre muito estresse envolvido na sua formação, era compreensível seus rompantes. Só que quando Lucas reaparece na vida de Marcela, ela percebe que as atitudes de Breno excedem e muito o limite do aceitável. Quando depois de atitudes extremamente abusivas ela tenta se afastar do namorado ele passa a persegui-la e o que já não era um conto de fadas torna-se ainda pior se transformando em um pesadelo em sua vida.
Sobre a escolha em apresentar temas mais pesados em seu livro, a escritora apresentou como ela enxerga o papel do escritor na literatura.
O autor tem que ter essa noção, de que ele está lidando com as pessoas e que ele tem o poder de ensinar, de explicar, mostrar um outro lado de alguma coisa.
Durante a entrevista a Yara indicou alguns livros, que não posso deixar de listar aqui:
Um livro que ela ama:
Livro que aborde a violência de gênero:
Vitimas do silêncio — Janethe Fontes
Vitimas do silêncio — Janethe Fontes
Ela também citou que gostaria de ter escrito qualquer um do David Levithan, por gostar de sua escrita.
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