Jessica Matriani é uma garota de 16 anos “basicamente uma boa menina, mas talvez um
pouco precipitada para se envolver em brigas”. Em outras palavras: meio
esquentadinha daquelas que não hesitam em dar uns bons socos em quem se mete a
zombar de sua melhor amiga Ruth ou de um dos seus irmãos, Mike e Douglas. Essa
personalidade forte a levou muitas vezes para a detenção depois da aula, onde
conheceu muita gente diferente, com as quais não conviveria em outras
circunstâncias. Entre eles, talvez o que mais tenha chamado a sua atenção seja
Rob Wilkins, um “caipira” e membro do motoclube Hell’s Angels. E com a chuva
que estava se formando naquela tarde depois da escola, ela devia mesmo ter
aceitado a corona de Rob.
Jessica foi atingida por um raio (Isso mesmo!! Um
raio!) em meio a uma tempestade, que ainda bem, não se mostrara ser um furacão
afinal. Depois disso, as opiniões se dividiam entre desespero (Ruth) e ceticismo
(sua família) toda vez que ela contava o que havia acontecido. Mas tudo mudou
mesmo quando os sonhos começaram... Quem eram Sean Patrick e Olivia Maria?
Após o incidente com o raio Jessica desenvolveu um
poder especial e agora era o que chamavam de paranormal. O problema foi que
esse dom diferente, alarmado pelos jornalistas, tornou-a especialmente
interessante para o governo levando-a para uma base militar onde deveria
desenvolver suas habilidades. Mesmo longe da família e dos amigos, o que mais incomodava
Jess na verdade era o arrependimento do que causara a Sean, uma das primeiras
pessoas que apareceram em suas visões.
Narrado em primeira pessoa na forma de uma “declaração”
escrita e assinada pela protagonista o livro tem um pouco de romance, um pouco
de comédia e uma mudança radical nos rumos da estória. Confesso que quando eu
comecei a ler achei que seria apenas mais um livro de adolescentes de 16 anos
que se apaixonam no último ano da escola, mas realmente “quando cai o raio” o
foco do texto muda completamente e me prendeu completamente.
Eu gostei do livro e li em uma levada só, mas não
sei, senti que ficou faltando alguma coisa. Faltou aquele “que” que dá potência
na narrativa. Talvez os acontecimentos tenhas acontecido meio rápido demais.
Não sou muito fã de livros detalhistas, que descrevem excessivamente os
detalhes ou os personagens, mas nesse caso específico acho que isso cairia
muito bem. Quando terminei de ler ficou na minha cabeça a sensação de que tinha
lido um thriller, mas sem aquelas prendidas na respiração típicas de livros
assim. Não sei explicar bem, mas achei a ideia maravilhosa e criativa, porém
pouco explorada.
Agora em defesa da autora eu tenho que dizer que “Quando
cai o raio” é o livro 1 de uma série de 5 que com certeza absoluta lerei (até
porque nas últimas páginas tem a deixa perfeita para te deixar obcecada pela
continuação). Com isso, talvez toda essa impressão que eu tive, de que faltou
algo, só esteja diluída ao longo da série. Quando eu ler os outros escrevo aqui
para vocês, combinado?
Como pontos negativos, além do que eu já falei
tenho que desabafar: por que toda garota dos livros de adolescente tem que
estar na banda ou na orquestra da escola? Violet em “Lugares incríveis” (que
aliás se passa no mesmo estado que “Quando cai o raio”: Indiana), Mia em “Se eu
ficar” e agora Jess. Sei lá. Foi só um dasabafo, porque de fato esse clichê não
contribuiu em nada para a estória. E por último, gente, existe “voz de uma
mulher negra”? Confesso que a frase que aparece no primeiro terço do livro me
incomodou bastante.
Fisicamente o
livro é bem leve e a capa, apesar de não ter chamado muito a minha atenção tem
um que de capa original, sabe, daquelas mais simples e objetivas. De uma
maneira geral a leitura é extremamente leve e bastante agradável. E tenho que
descordar da Jess, mas Steven Tyler é sim um gênio da música, mas não posso
falar muito sobre o Prince (me desculpem os fãs, falha minha hahahaha). Agora
de verdade, eu gostei do livro, mas na foi para a minha lista dos favoritos,
pelo menos não isoladamente, como já disse talvez a série ainda me surpreenda.
Pesquisando sobre achei legal saber que “Desaparecidos” foi adaptado para um
série também de TV exibida em 3 temporadas entre 2003 e 2006. Fiquei com
vontade de assistir. Para encerrar a resenha, minha avaliação foi de 3,5/5 no
Skoob.
Título: Quando cai o raio Série: Desaparecidos
Autora: Meg Cabot
Ano de publicação: 2001
Páginas: 272
Editora: Galer Record
No idioma: Português
Gênero: Ficção
ISBN: 9788501088178
Avaliação média: 4,1/5
Votos:2.388
Minha Avaliação: 3,5/5
Data da Resenha: 30/09/2017
Resenhado por: Fernanda Oliveira
Nossa, eu achei essa capa tão horrenda, que provavelmente passaria batida pelo livro, sendo da Meg Cabot ou não, rs. Eu li a série mediadora da autora e gostei muito, mas não sei pq acabei não concluindo :T A escrita dela é realmente bacana e não me lembro se tive essa mesma sensação que você, de estar faltando algo :T
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