3096 dias
Natascha Kampusch
Ano: 2011
Editora: Verus
Páginas: 225
Sinopse
Natascha
Kampusch sofreu o destino mais terrível que poderia ocorrer a uma criança em 2
de março de 1998, aos 10 anos, foi sequestrada a caminho da escola. O
sequestrador - o engenheiro de telecomunicações Wolfgang Priklopil - a manteve
prisioneira em um cativeiro no porão durante 3.096 dias. Nesse período, ela foi
submetida a todo tipo de abuso físico e psicológico e precisou encontrar forças
dentro de si para não se entregar ao desespero. Agora, pela primeira vez,
Natascha Kampusch fala abertamente sobre o sequestro, o período no cativeiro,
seu relacionamento com o sequestrador e, sobretudo, como conseguiu escapar do
inferno, permitindo ao leitor compreender os processos de transformação
psicológica pelos quais passa uma pessoa mantida em cativeiro, sofrendo todo
tipo de agressão física e mental imaginável.
Resenha
Quando Natascha nasceu sua mãe já tinha duas filhas grandes
e seus pais brigavam muito. Passou o Jardim de infância se urinando e
sendo ridicularizada por isso e por ser gordinha. Aos 5 anos seus pais se divorciaram.
Aos 10 fora sequestrada a caminho da escola por um homem numa caminhonete
branca. Sua vida não parecia não boa até tudo virar de pernas para o ar, mas
com certeza era melhor.
O sequestrador lhe dava tudo que ela pedia apesar de ter
tirado tudo que ela tinha. Ela não guardava rancor e necessitava de contato
humano, por isso gostava de quando o sequestrador a visitava e até mesmo pediu
um abraço. Viveu 8 anos trancada, praticamente toda sua adolescência e uma
parte de sua infância. Ela não fugiu por medo, mas mantinha em sua mente a
esperança de fugir quando completasse 18 anos.
Wofgang Priklopil deixava bem claro que a família não a amava e não se
importava com ela e que a havia salvado. Ele a fazia seguir suas regras se
quisesse ser recompensada com alguma coisa que pedia. Quando não fazia o que
ele pedia ele tirava comida, livros, luz ...
"Quando não se
tem o que comer, é difícil pensar com clareza, e mais difícil ainda
pensar em revolta ou fuga." Pág.:131
Aos poucos fora perdendo a esperança de ser resgatada. Após
sua menarca, Natascha passa a ser tratada de forma diferente. Precisa deixar
tudo sempre limpo do "jeito certo". Ele precisa que ela se
torne uma nova pessoa e esqueça quem foi no passado, dando a ela outro nome
começa a chamá-la de Bibiana. O sequestrador passa a agredi-la, mas Natascha
age como se os atos violentos não fossem contra ela, e sim como se os tivesse
presenciado de fora.
"Agora eu sabia
que ele realmente me machucaria se eu não obedecesse. E isso me deixou ainda
mais assustada e submissa." Pág.: 106
Nas vezes em que ele permitia que ela saísse do cativeiro,
precisava ter cuidado para não deixar nenhum vestígio de sua presença: um
simples fio de cabelo ou até mesmo sangue, pois tinha mania de limpeza. Então
ela decide ficar careca. Ele a agredia com frequência, mas ela nunca sucumbiu
ao pedido dele para que ela se ajoelhasse e o chamasse de Mestre.
"O Lado escuro
não cai simplesmente do céu, ninguém nasce um monstro" Pág.: 221
Um livro que impacta não indicado para pessoas que estejam
passando por algum momento difícil ou que não curtem histórias trágicas.
O filme foi bem fiel ao livro, mas deixa claro que o sequestrador programou tudo para sequestrar Natascha e não queria qualquer criança. Mostra o cativeiro como um lugar úmido, sujo e sem ventilação cercado por uma grossa à prova de som e bem escondida embaixo da casa. Vemos claramente ela sendo violentada e a tentativa de se matar sufocada por fumaça. Enfim ela escolhe viver, mas é um grande passo a dar.
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